Belo Horizonte é reconhecidamente uma das capitais brasileiras que mais sofre com as pichações. Eis um problema coletivo que diz respeito não apenas à gestão urbana, afetando também a segurança pública.
As pichações sujam a cidade como também fomentam a poluição visual. Não constituem manifestações legítimas de supostos segmentos sociais marginalizados, como sustentam alguns. À medida que viadutos, fachadas de imóveis,edifícios são tomados por tais 'pinturas', cresce a sensação de impunidade, de desrespeito à lei e de desordem pública.
As pichações resultam de comportamentos delinquentes de segmentos jovens oriundos de classes sociais diversas. É típica manifestação de gangues juvenis que procuram visibilidade e afirmação de domínio territorial. Estão completamente descomprometidos com o respeito ao espaço público e à cidadania.
Não devem ser tolerados, o que não significa que devem ser tratados como criminosos comuns. Já passou da hora do poder público municipal, em articulação com as polícias estaduais, e com o apoio do Ministério Público e dos Juizados Especiais Criminais, desenvolverem uma intervenção mais firme em relação ao problema.
A impunidade nesse caso acaba impactando a segurança pública à medida que o espaço urbano torna-se mais deteriorado e propício ao cometindo de atos deliquentes e criminosos diversos. A degradação do espaço urbano é um importante fator de risco da proliferação de atividades criminosas mais graves. Eis uma das principais lições que devemos retirar da famosa TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS.
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