O Profissão Repórter desta terça, 19 de junho, faz um perfil das mulheres que cometem crimes. Veja o programa na íntegra nos vídeos ao lado.
Os repórteres Paula Akemi e Felipe Bentivegna mostram o Centro de Recuperação Feminina , único presídio feminino do Pará , onde 640 detentas dividem o espaço projetado para 500. Tráfico de drogas é o crime mais comum entre as presas. A reportagem mostra a situação de 12 presas grávidas que dividem oito camas no presídio e a desagregação familiar provocada pela prisão da mãe da família.
No fórum central do Rio de Janeiro, as repórteres Danielle França e Valéria Almeida acompanharam três julgamentos de mulheres acusadas de homicídio, furto e roubo. As acusadas são todas pobres e dependem de um defensor público para se defender perante o juíz.
Veja a reportagem sobre a fila no dia de visita em presídios de São Paulo.
Caco Barcellos acompanhou dois casos de homício, crime raramente cometido por mulheres. O de Elize Matsunaga, que mobilizou a polícia e a imprensa de todo o país, e o de Olinda, uma diarista de Capivari , que matou o marido com um facão, caso bem pouco divulgado. Os crimes tem circunstâncias parecidas: as duas mataram o marido por ciúme.
COMENTÁRIOS
Vanessa Giovanna
Eu
penso assim,se não tivessem cometido nenhum crime,estariam em casa,e
poderiam cuidar de seus filhos,não tenho dó,tenho dó dessas pobres
crianças que não pediram para nascer,muito menos para suas mães
cometerem o crime.
Janete Muller
Querido
Caco Barcelos, estou certa de que a maioria das pessoas que assistiram o
programa ontem ficaram se perguntando sobre o seu objetivo real. Caso
tenha sido para revoltar o público: sucesso atingido. Mas e agora ? Qual
é o plano ?? Será que se agirmos de dentro para fora, ou seja, cada um
em sua família toma as ações e começa a conscientização no seu entorno
basta ?, já que do macro ao micro (governo x povo) existe somente
cegueira e intolerância ??? Meu coração de mãe chora por todos os
abandonados !
Karina Pasquetto
Gosto muito desse programa, mas aqui vai uma crítica construtiva, pois
no programa exibido ontem (19/06) na reportagem sobre o CFR de Belém -
PA, vocês informam que 60% das mulheres estão presas pelo tráfico, mas
citam que é o artigo 33 do Código Penal, só que o tráfico é regido por
Lei Especial, então o correto é artigo 33 da Lei nº 11.343/2006.
Marcelo C
Quantas mulheres chorosas aqui! As presas coitadinhas deveriam ter
pesquisado sobre as condições das cadeias antes de fazerem as erdas...
De fato, as leis são cheias de furos e tudo depende da qualidade dos
advogados que se tem. Diante disso, a pobraiada deveria parar de cometer
tantos crimes, já que sabem que vão pra cadeia mais facilmente que
qualquer outro...
Tenho a impressão que se a tuta que picotou o japa tivesse grávida, a
mulherada ia absolve-la sem problemas..
Iandara Batista
Absurdo...extremo
absurdo. E ao invés de a tal juíza orientá-la a uma busca por melhores
condições, ficou maldizendo a moça. Triste realidade! Sangrenta
realidade brasileira!
Iandara Batista
Imagino
que não foram poucas nem leves as condições que levaram essas mulheres a
cometer esses crimes. Admiro o trabalho da rede Globo em divulgar isto,
mas me enojo ao ver tais reportagens, sem saber se quem as anuncia não
se pronunciará em contribuir para a mudança dessa tragica realidade!Fui
as lágrimas no último caso, a moça analfabeta, sem condições de
responder as perguntas pronunciadas por aquela nojenta juíza, sendo
pressionada, grávida, e sendo encarcerada por FURTO!!
Vanessa Henriques
A juíza disse que se todos os menos favorecidos quiserem tomar os bens
dos mais favorecidos, a situação viraria uma anarquia. Não é muito fácil
dizer isso quando se pertence ao segundo grupo? A pobre coitada que foi
condenada deve ter nascido numa condição de vida lastimável, sem nenhum
incentivo ao estudo e ainda com necessidades mais latentes a serem
resolvidas. Todos que não fazem nada para inverter esta lógica são
cúmplices desse grande crime que é desigualdade social. A reportagem de
hoje expôs de forma brutal o que acontece todos os dias e que poucos se
dispõem a tentar resolver.
Iara Viana Vespasiano, MG
Sensacional
a matéria!!!! Fica claro a forma diferenciada que a justiça trata a
questão criminal feminina e ao mesmo tempo o quanto tem aumentado e
diferenciado suas práticas criminais e tanto a mídia quanto a justiça
insiste na figura feminina de forma frágil e fraca. Mas sabemos que o
cenário atual é outro sua atuação criminal pode ser tão perversa quanto a
masculina. Tratá-la diferente apenas viabiliza ainda mais sua atuação
no entrelaçamento do tráfico, roubo
e outros crimes o que reproduz a subalternidade feminina.